Nas coisas que mais desejo
Me saboto,
em teias de aranha
e mata fechada
que me perco
cipós me impedem de ir adiante
me arranho por inteiro
num luta com galhos espinhosos
e cortantes...
Atolo na areia movediça,
quanto mais me mexo,
mais me estaguino e me planto
nesse mesmo lugar...
me enrosco...
me machuco...
me morro nesse suor que me arde o corpo inteiro...
que me arde os arranhões vermelhos
que me arde...
que me arde...
a qualidade covarde refletida no espelho...
me rasga a vida depositada numa tarde...
...que deixei de ver você.
Cristian Steiner Molina
Texto intenso, e a verdade nas últimas linhas...
ResponderExcluirE que não desce a garganta...
ExcluirMas ensina.