domingo, 9 de dezembro de 2012

Do medo de angustiar os velhos

Hesitei em alegrar aqueles velhos olhos

Com estórias de cócegas na barriga
Tive medo que pegassem gosto por essa vida
Medo de mexer e de curar nossas feridas
E de deixar um corte com a nossa despedida
Tive medo da angústia da partida
 
E se quisessem desse mundo não sair por ser tão bom,
E perdessem ali a dolorosa solidão de cada longo segundo?
 
 
Preferi que o tempo corresse num vazio profundo
Sem entender que há vida aonde há a morte
Alegria e sofrimento, Azar aonde há a sorte
E se para despedida há que ter encontro
Evitei a despedida estando ao lado muito distanciado
E descomprometido, a frieza foi minha fuga
A frieza da insensibilidade foi doer depois
Na saudade não saciada, no amor engavetado.


Cristian Steiner Molina

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