domingo, 6 de fevereiro de 2011

Humano, Demasiado Humano


As pessoas tem
atitudes indigestas...
desprovidas de significado
ou não...

Atos e erros humanos.

Atos falhos, Atos contrários, contrariados,
atos inconscientes.
Atos sem sentido, inesperados, improváveis,
inconsequentes.

É a traição de si mesmo
e depois aos prantos...
depois arrancam os cabelos
por uma burrice, um idiotismo.
E 'somos' tantos.

O que mais se repudia nessas pessoas é o que há de mais humano nelas.

Ser humano, ser cego.

O erro ,
A violência e crueldade psicológica
parecem contemporâneas ao ser humano.
No espelho,
o errante nesta realidade sem lógica
uma miscelânea de atos insanos,
historicamente humanos, inteiramente humanas.
E o filósofo diz que é tudo
humano, demasiado humano.

A sociedade
repudia e sempre repudiou
tudo que é humano,
sempre negou e nega
aos instintos mais humanos.

E os humanos, demasiado humanos
se perguntam: Qual será meu próximo erro?
E que sejam muitos e grandes!

E os humanos, demasiado humanos
se perguntam: Qual será minha próxima insanidade?
E que seja bárbara e sutil.

Inspirado na leitura de Nietzsche
Desencadeado por um deslize.

4 comentários:

  1. Muito bom.
    Me lembra Lacan, que disse que Psicanálise cura a ignorância, não a estupidez.

    ResponderExcluir
  2. Oi Cris...

    Estou aqui perdida nas suas linhas,
    Seus textos sempre mexem muito com meus botões
    Fico digerindo eles, viajando literalmente...

    Somos todos humanos errados?
    Somos todos humanos errantes?
    Qual a nossa próxima insanidade?

    Eu queria um mundo feito de pessoas INTEIRAS?
    Isso pode ser considerada uma insanidade minha?

    Um mundo feito de pessoas que agem
    Que interagem
    E não apenas reagem dramaticamente aos fatos.
    Pessoas com atitude.

    Pessoas assim, como eu e você
    Que não ficamos à mercê dos sentimentos alheios.

    Assumimos nossos erros
    Ao invés de jogá-los em outros terrenos.

    ADORO VC!
    Beijos meu querido!

    ResponderExcluir
  3. Ser, humano, é isso tudo
    É experimentar dúvidas
    É sufocar de paixão
    É se rasgar por dentro de dor
    É mergulhar nos labirintos mentais
    Escuros, densos, febris
    E conseguir sair deles
    Inteiros e renovados espiritualmente.
    Seu poema me deixou sem fôlego, mas feliz pela oportunidade de lê-lo.
    Bjussss
    Sil

    ResponderExcluir