segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Outra Dor


Medo...
Tudo isso me deixa arisco
pressa..promessas...
me arrisco e paro.
Eu paro.
Por cima do muro eu fico
Eu grito...
Replico...
e depois...
Suplico.
e admito...
Eu tenho medo.
Medo de tudo que prende.
Medo de tudo que falo.

Me calo...

Reparo...

Tem horas que viro um cavalo.

Bruto...

Que deixa a dor de um luto.

Banal...

Tudo se torna moral.

Espanto...

Planto semente de pranto.

Paixão...

Será mesmo tudo em vão?


Amor...

Queimou de tanto calor.
Que cansou de tanta dor.
Quantificou e perdeu o valor.
Azedou, secou, findou, ficou sem sabor.
Esquentou, ferveu e virou vapor.
E o que restou, o estigma do traidor...
A sina de pecador...
O rótulo de impostor...



O que sobrou foi pavor.
Horror
Não sobrou nem leitor...
Escritor...
Desertou
Aumentando o teor depressor
Todo esse amor...
Decompor
Nutrindo outro amor...
Outra cor,
Outro sabor, calor...
Frescor...

Outra dor.


Cristian Steiner




Um comentário: