Acho que é o olhar,
reluzindo aquele denso castanho,
um convite a mergulhar
na incerteza sem tamanho
de me perder e me achar.
As minhas palavras, fugidas,
se escondem nos teus lábios
- e o caminho dos meus, aos teus, é só de ida -
que as seduzem em silêncio, sábios,
como se as conhecessem de toda a vida.
No corpo, ondas de calor e de frio,
a distância é inversa ao desejo.
E no instante que dura um arrepio,
a boca transforma em beijo
o que tentou dizer e não conseguiu.
Entendo e aceito minha sina :
ser da tua saliva, o gosto;
dos teus versos, a rima;
e na moldura do teu rosto,
dos teus olhos, a menina.
[14/11/2012 - escrito num fôlego só]
Luna Sanchez
Para desconstruir padrões e idéias mesmas, apresentar o incomum, ousar, usar, expressar. Para dizer o que realmente se sente. Para quebrar a casca. Para libertar-se.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Recíproco sopro
Ela assoprou o sopro
que sentiu no ouvido
e assim passou-se um sopro a ter sentido
o sopro era recíproco
e encontrou abrigo.
o sopro que era no peito comprimido
encontrou alívio desmedido
no assopro devolvido....
O silêncio não....
mas o assopro podia ser lido.
Cristian S. Molina
que sentiu no ouvido
e assim passou-se um sopro a ter sentido
o sopro era recíproco
e encontrou abrigo.
o sopro que era no peito comprimido
encontrou alívio desmedido
no assopro devolvido....
O silêncio não....
mas o assopro podia ser lido.
Cristian S. Molina
Assinar:
Postagens (Atom)