sexta-feira, 11 de maio de 2012

Carência

Uma saudade
Uma falta
Uma pergunta no estômago...
Ela, de repente, se foi... por que?
Fiquei aqui com minhas filosofias

De repente, nada mais faz muito sentido
Estou aqui...
eu sei...
Não quero pensar
naquelas possibilidades

Olho as pessoas, as moças
são bonitas, todas,
que passam a minha volta
Eu tenho elas dentro de mim

E vivo um amor,
por cada sorriso compartilhado,
e quase choro de emoção,
por cada instante desses,
com cada uma delas.

O desejo é dizer
algo mais que o de praxe
O desejo é ter
algo mais para dividir

Estou carente
O desejo é de chorar
Por que faz, a falta?
Por que o outro é tão necessário?

O desejo é de dizer "eu te amo"
Da forma mais intensa,
Enquanto nos unimos,
Enquanto dividimos nossos orgasmos,
Enquanto nossos gemidos cantam o prazer
de sermos uma carne só.
Só para não dizer
que um abraço já faria feliz.

Cristian S. Molina

sábado, 5 de maio de 2012

Cadê a Graça

Para onde foi a graça
Dos comentários inteligentes,
Dos tilintar das taças
E dos diálogos eloquentes?

O sorriso de alegria,
Onde está a graça da gente?
Dos gestos e atos falhos?
Cadê o brilho dos olhos
E a vontade de estar?
Onde está a mágica do ar?

E as pessoas,
Cadê a graça das pessoas?
Das coisas...
Cadê a graça?

Cadê a história do livro
E a rima dos versos?
E os versos...
E as rimas...
Onde está a poesia?

Cadê o sentido da história?
O objetivo da ciência?
O produto da ação?
A graça das engraçadas memórias?
A fruto do trabalho?
A emoção de andar na contra-mão?

A tragédia do cotidiano, onde está?
O sentido do seguir?
O sujeito no mundo, onde há?
O objeto do amor?
O gosto do alimento, o sentimento?
O gosto da música, a música?
O gosto pra vida?
Cadê a vida?

Cristian S. Molina