E naquele olhar que me interroga a alma,
ela me põe no chão...e me devora.
Havia algo naqueles olhos
que gritavam um vazio impreenchível,
ela simplesmente olhava o horizonte.
Ela doía nesse olhar em desesperança.
E o fato de entender aquele nada
que havia em seus olhos, a confortava.
Eu também enxerguei meus nadas.
No silêncio que imperava,
em nossos toques indecentes,
nossas mãos falaram nossas urgências
e nossas bocas mudas disseram tudo.
Nossos dentes, nossas línguas
e pescoços
e orelhas
conversaram uma outra língua...
estranha ao explicável.
Seria apenas uma caminhada...
ao redor do nosso campo
de nossos sentimentos mais escondidos...
e nossos silêncios falaram alto demais,
impossível não escutá-los...
sem mais.
Cristian Steiner Molina
Imagem da web
lindo e comovente!
ResponderExcluirsuas poesias são marcantes, parecem que são inspiradas realmente em romances verdadeiros e intensos. parabéns pela inspiração.
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saudades de vc no meu infinito particular.