sábado, 17 de março de 2012

Estranha ao explicável

E naquele olhar que me interroga a alma, 
ela me põe no chão...
e me devora.

Havia algo naqueles olhos
que gritavam um vazio impreenchível,
ela simplesmente olhava o horizonte.
Ela doía nesse olhar em desesperança.

E o fato de entender aquele nada
que havia em seus olhos, a confortava.
Eu também enxerguei meus nadas.

No silêncio que imperava,
em nossos toques indecentes,
nossas mãos falaram nossas urgências
e nossas bocas mudas disseram tudo.

Nossos dentes, nossas línguas
    e pescoços
        e orelhas
conversaram uma outra língua...
estranha ao explicável.

Seria apenas uma caminhada...
ao redor do nosso campo
de nossos sentimentos mais escondidos...
e nossos silêncios falaram alto demais,
impossível não escutá-los...
sem mais.

Cristian Steiner Molina

Imagem da web
 

Um comentário:

  1. lindo e comovente!
    suas poesias são marcantes, parecem que são inspiradas realmente em romances verdadeiros e intensos. parabéns pela inspiração.
    ---
    saudades de vc no meu infinito particular.

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