sábado, 17 de dezembro de 2011

Juntando o espatifado

Recolhi minha carne espatifada
distribuída por tudo quando foi beco...
Tinha carne morta... já sangrada...
Tinham pedaços poucos
em que o sangue ainda era quente...
Busquei até o pedaço de unha no ralo do esgoto...
Eu me refiz sem nada esconder, sem me escolher...
Eu me reconstruí com o que era vivo e o que era morto.
Com tudo que era meu, me fiz, nem reto nem muito torto.

Crisitan S. Molina
D'um comentário no Astropneumóvel: aprendiz na ausência

10 comentários:

  1. Sua carne derivada do desejo, da solidão, de outrem ou em poesia, ainda é sua. Seu traço, seu escombro, sua ilha e habitação.

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  2. que lindo isso! nascer é fácil, difícil é se reconstruir a cada dia. Que neste natal vc possa desfrutar de momentos marcantes e amizades sinceras. Obg por ter entrado na minha vida através desse blog!
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    blogestarcomvoce.blogspot.com

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  3. Cristian, passei a pouco no Entre Marés e tomei conhecimento de seu blog. Suzana, realmente nos surpreende com suas escolhas tão valiosas.

    O que dizer sobre este que acabo de ler? É forte! Faz-me refletir. E sou inclinada para escritos reflexivos. Deixaste com certeza sua marca nos meus olhos, e torna-se minha parada obrigatória sempre que adentrar no blog.

    Abraços,
    Priscila Cáliga

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  4. Quando a gente se desfaz e refaz, tudo se inova, tudo se transforma... tudo é capaz!

    Lindos versos, Cris...

    Que se espatife, mas que haja remendos quando necessário!

    Beijos!!

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  5. A capacidade de reinvenção é mesmo uma dádiva!

    Um beijo, Lord Orange.

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  6. Leo,
    Obrigado, meu querido!
    É de tudo que somos feito... toda matéria entra e sai de nós viva ou morta. E quando morrermos, essa morte habitará outras vidas... num ciclo sem fim. Nossos eus são compostos de partículas desse universo infinito... tudo que é vivo ou já viveu está em nós.... desde a criação do verbo "EXPLODIR"... estamos por todos os lados e todos os lados estão em nós....


    Viajei... mas acredito nisso...

    Um forte abraço, amigo poeta!

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  7. Obrigado Cicero,

    "viver é foda e morrer é difícil" Renato Russo já nos deprimia... renascer então, é mais que foda!

    visitarei seu blog...

    Um forte abraço!

    Até mais...

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  8. Priscila,

    Adorei teu carinho no Entre Marés e fiquei imensamente contente por ter passado por aqui também e, ainda, deixado uma marquinha com suas impressões sobre esses meus escritos.

    Gosto do que instiga a reflexão.

    Uma delícia ter você por aqui! Venha sempre que sentir!


    Abraços, querida!

    Até mais...

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  9. Tati,

    Como eu adoro suas impressões por aqui!

    Somos 'retornáveis'! rs =)

    Obrigado, amiga queridíssima!

    Beijos de carinho!

    Até mais...

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  10. Luna, minha laranjinha mais docinha!

    Que alegria me dá esse seu ato, que por si é uma renovação! E, isto é para raros!

    Beijos cítricos!!!

    Até mais...

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