sábado, 8 de outubro de 2011

Em Pedaços I - Incompletude

Das interações com colegas por aí, brotam-se frases e pensamentos muitas vezes interessantes e dignos de uma classificação ou coleção, vamos juntar alguns deles aqui e ver o que acontece... "Em Pedaços" será uma espécie de coluna semanal na qual serão postados textos sobre idéias surgidas de comentários e conversas na blogosfera entre o autor e outros blogueiros. Os textos poderão ser baseados na interação com um blog/blogueiro ou com pedaços de frases do autor espalhadas por diversos comentários em diversos blogs. Todos serão mencionados e será inserido o link para o blog e a postagem em que o comentário encontra-se postado. 


Esta primeira publicação é a reprodução - com alguns ajustezinhos - de um comentário feito no "Vidráguas"  em texto escrito por Tânia Du Bois. Vale a pena conferir A Curva da Idade.


Um forte abraço a todos!


INCOMPLETUDE


Um quarto vazio, pronto e vazio,
com tapete vermelho de boas vindas
para um sonho que não quer chegar,
retorno de alguém não retornável.
Vazio.
Ah... se não fossem esses próximos,
nesse mundo estaríamos deixados à margem.
 Sobre a velhice, o que dizer?
Não sei!
Ainda sou jovem e muitas vezes sinto-me cansado,
vez ou outra, sorrio.
Uma vida de crônica fragmentação é flagrante
e no ar se faz fragrante o cheiro de uma falta...
a vida cheira incompletude.


Cristian S. Molina

IMAGEM: Cristian S. Molina

4 comentários:

  1. Somos grandes incompletudes em busca de pedaços soltos por algum lugar afora, Cris...

    Lindo poema!

    Beijos e parabéns!

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  2. Sempre falta alguma coisa...
    Entre pedaços tentamos agarrar esses cacos
    Mas não temos tantas mãos para segurar tudo
    Algo sempre fica pra trás...
    Como a imperfeição, a incompletude é também...
    ..."humano, demasiado humano"

    Beijos Tati, obrigado!
    Até mais...

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  3. Ah...Cris!!

    Os vazios tão bem arrumados, aguardando algo/alguém que não virá... Nossas ânsias, expectativas, desejos...tudo tão embrulhado que dá pra se perder nos cômodos.

    Ultimamente, ler você é me encontrar em palavras.

    Obriigada por escrever.

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  4. Cláudia, obrigado por vir!
    Sabe.... também sinto o mesmo em relação aos seus escritos. Me encontro em vida de mil fases e tantas vezes estou tão à flor da pele que descambo a versejar... muitas vezes é o mal estar que rabisco em pichações nesse blog. Vez ou outra falo de amor, acho que por isso o intenso exagero nesses instantes escassos.

    Beijo, querida!

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