Notícias cotidianas chocantes,
de fatos que nem chocam mais.
De tempo em tempo
Um novo Personagem.
Sempre aos mesmos papéis
A história continua a mesma.
Escândalos políticos,
Quadrilhas de policiais,
Quadrilhas de políticos,
Um novo aumento exorbitante
Para nossos "digníssimos" representantes.
Palhaços analfabetos
Os melhores personagens
Nos papéis da palhaçada.
Voltando o olhar ao meu cotidiano
Assusto-me com o um novo imposto
Criado e já atrasado
Que terei de pagar sem questionar
Com juros e multa diária.
Para a multidão
Criam uma infinidade
De programas assistencialistas
E não resolvem problema algum
E oferecem a nosso povo
Um sistema racionado
Uma rotina condicionante
Transformam nossa gente
Em ratos de Caixa de Skinner
E com aquela gota d'água
Mantém a esperança torturante
De essa sede saciar um dia,
Nesta dependência angustiante.
Olho a minha volta
As pessoas estão correndo
Para não se atrasar
No segundo ou terceiro emprego.
As pessoas não estão vivendo
Trabalhar, especializar-se, reciclar-se, atualizar-se.
As pessoas andam morrendo
Escravas de rotina e de medo.
E a corrupção corre solta
Por todos os cantos
De qualquer departamento público,
Privado, Não Governamental,
Religioso... Tudo! Por todos os lados!
E fica tudo por isso mesmo
Porque todo mundo
Tem "rabo preso" com todo mundo.
Ninguém viu nada.
Ninguém ouviu nada.
Angústias torturantes
Forças em conflito
Incômoda Paralisia
Nada será como antes
Auge da Fuga
Intensa nostalgia
Das guerras nas ruas
Dos ideais que se morria.
Desespero Infinito
Caminhando à Fantasia
Cogita-se o abandono da luta
Vivendo a intensa e crônica agonia
Uma dor insuportável na alma.
Da ambivalência sentida
No vácuo das caixas vazias.
Cabeças que explodem.
Almas vazias...
Que tragam insultos calados sofrendo em azias
Fardos das mais profundas melancolias
Um mundo que faz da arte uma hipocrisia
Um mundo da cultura de sátiras de burguesia
Um mundo sem poesia.
Cristian S. Molina
Cristian S. Molina
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