segunda-feira, 28 de março de 2011

Processo

Um dia eu pensei, ao olhar a forte chuva que caía, que aí estava o fim de um processo.
Quando a chuva diminuiu e finalmente se foi, percebi que dos milhões de pingos que inundavam as plantas e o solo, formaram-se enormes enxurradas que procuraram na encosta o caminho dos riachos, desembocaram nos lagos e chegaram aos rios.




Quando o sol retornou e iluminou os rios, pude entender que um processo nunca tem fim... ele sempre recomeça, trazendo novas vidas, revigorando os campos, com a força e a honestidade de uma chuva de verão.
Que Bom não ter desistido em meio ao dilúvio!



(Heloísa Chiattone, 1998)

2 comentários:

  1. me lembra clarice lispector, em macabéa
    -você só sabe fazer chover.

    lhe diz o namorado.

    =)

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