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Carregam a cruz do estigma e da segregação,
A repugnância sobre todas as suas peculiaridades
E particularidades.
Estereótipo do nada, vazios.
Sobre eles só se projeta ódio e rejeição.
Para eles próprios, pedem piedade.
Não têm vaidade ou individualidade.
São sós em quantidade, uniformidade sem unidade.
Segue o sangue saindo do peito da humanidade.
Pobres coitados, degenerados, esfarrapados
Retardados segregados e ignorados.
Favelados marginalizados e amontoados,
Enganados, manipulados e roubados.
Desgraçados maltratados, escorraçados,
Crucificados, torturados e assassinados e aos montes enterrados.
Viciados alcoolizados e drogados.
Alienados.
Desmoralizados, desapropriados, despejados, desabrigados e jogados.
Comprados e vendidos por trocados.
Como cobaias, usados, pesquisados,
Amputados, contaminados, remediados, testados e medicados
E deixados de lado, enclausurados, enjaulados.
Recriados, doutrinados, disciplinados,
‘educados’ e seus pecados perdoados. Santificados.
Novamente padronizados, uniformizados e alienados.
ANULADOS
Campo Limpo Pta., 29/01/2011
Cristian Steiner
Sinceramente, não me preocupo tanto com julgamentos, porque geralmente quem acha, não achou, não sabe nada da vida, enxerga tudo pelo avesso, ou enxerga pela visão que é mais cômoda.
ResponderExcluirMas a questão é a seguinte:
É certo julgarmos?
Qualquer um que você dirigir essa pergunta, vai lhe responder um alto e sonoro NÃO, apelando para os versos da Bíblia, situações cotidianas, enfim...
Julgamos tudo e a todos o tempo todo.
Não observamos, não garimpamos as pessoas.
Desse modo, corremos o risco de jogá-las fora, só porque não tivemos disposição de olhá-las além das aparências.
E desperdiçamos nossa vida, no pobre vicio de alimentar nossa avareza.
Gostei do texto, bem forte...
Beijão grande pra vc Cris