Ando escrevendo mais do que o de costume. Muito mais! Escrevo sobre todos os assuntos que aparecem. Às vezes parecem contraditórias muitas coisas. Por exemplo, ando lendo muito vorazmente Nietzsche e gosto de muitos conceitos dele, o problema é que muito do conteúdo dos seus livros tem uma carga meio pesada em relação a raças superiores que soam como nazistas ou algo parecido. Gosto do ataque ao cristianismo até certo ponto, estou de acordo com os conceitos contra a moralidade cristã, mas os ataques ao caráter social de igualdade de direitos e, certas hierarquias, me causam certo desconforto. Ainda tento entender a natureza desses pensamentos. Tento entender o porquê da insistência do ataque a igualdade de direitos entre os homens. Nietzsche diz que a igualdade de direitos não se concebe, é impraticável, é hipocrisia. Nunca irá existir. Isso dá um nó na minha mente.
Sigo ouvindo Raul Seixas e algo me diz que existe coisa melhor pra se ouvir, que Raul é musica de bêbado e “bicho-grilo”, de gente que não tem “propósitos” e tal. De repente, minha mãe me diz lá da sala: “Ai Cristian, você não enjoa dessas músicas?!” - e eu acho até meio engraçado. Ouço todo tipo de música. Hoje pela manhã iniciei ouvindo Chico Buarque. O álbum “Construção” rodou umas três vezes, depois que “cansei”, coloquei ACDC, por mais ou menos 1 hora, depois Aerosmith, aí “cansei” de musica internacional. Coloquei pra tocar um álbum duplo do Titãs com uma grande seleção de 1984 a 1994, logo quando vi a lista de reprodução selecionei “Igreja” pra tocar... é aquela: “Eu não gosto de padre, Eu não gosto de madre, eu não digo amém...”. Acho que a influencia partiu da minha leitura atual, pois estava terminando de ler “O Anticristo”, do Nietzsche. Continuei ouvindo as outras músicas do álbum: Comida, Televisão, Cabeça de dinossauro, Polícia, Porrada, Jesus não tem dentes no país dos banguelas, etc. ... Sempre quando ouço Titãs lembro a minha adolescência, das bandas que eu meus amigos da época tentamos montar e de todos aqueles excessos e rebeldia. Como perturbávamos os “adultos”! Nós éramos os melhores, pensávamos... acho que muita gente percebia isso e riam de nós, “aborrecestes”, assim como eu rio as vezes da molecada estereotipada que anda por aí.
Então “cansei” de ouvir Titãs, coloquei The Doors, depois Raul... que estou ouvindo até agora. Hoje quase encho o pneu da bike pra dar umas voltas, mas fui deixando e acabei nem saindo de casa. Está muito calor lá fora. Aqui dentro também, mas aqui estou na sombra e tem a geladeira e tal...
Escrevi um poema bem diferente. Não vou falar sobre ele. Qualquer hora eu posto ele. Cara! Cansei de Raul... Vou trocar...
Pronto. Coldplay é legal... “Amsterdam”. Bom... Voltando aquele assunto das contradições em meus textos. Esses são meus demônios, fico neurótico com isso, às vezes guardo um texto por muito tempo porque acho que ele não tem nada a ver comigo. É que é difícil ser bom e mau ao mesmo tempo. Acho que o difícil mesmo é estar além do bem e do mal como diria o filósofo. Tento fazer uma autocrítica das coisas que escrevo. Chego a algumas conclusões, mas elas ficam meio dispersas na cabeça. Acho que os textos não tem muito sentido e que, como diria Raul, eu sou uma metamorfose ambulante. Minhas idéias estão sempre em transformação, tudo depende das contingências, o que estou lendo, a música que estou ouvindo, a reunião que estou participando, com quem estou falando. Mudo constantemente. Não tenho opinião formada sobre nada, posso aceitar muitas idéias, tudo vai depender da argumentação.
E, por isso, acredito que não me enquadro no círculo de escritores, artistas, etc... não tenho um tema fixo. Vou devaneando sem muito critério e isso - penso eu - é muito gostoso pra mim, mas pra você leitor, não sei.
Campo Limpo Pta., 30/01/2011
Cristian Steiner
Ando certa que a minha "preguiça" tem sido muito proveitosa para o meu espírito.
ResponderExcluirComo assim Rosa, o que isso tem a ver como o texto do Cristian?
Ando apreciando uma boa música, um bom filme e, claro, um pouco de leitura...
Como diria amados Titãs
A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte...
A boa leitura alimenta o espírito, a alma, o coração...
E a escrita nos eleva ao impossível!
E estando aqui, lendo suas linhas e entrelinhas, estou no infinito!
Um beijo Cris!
Adoro tu!
A igualdade de direitos é impossível simplesmente porque é do carater humano. Sendo humano, de acordo com o pensamento de Nitsche, somos egoístas e por isso não há igualdade, há um sentido de quem pode mais e quem pode menos.
ResponderExcluirAbraços
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