domingo, 7 de julho de 2013

FELINAS… CATIVAS CATIVEIRAS…



Olhos cativos felinos de mãe,
Sem dores olhos de raça impõem
De si… e sua prole, é a força que há
Há convicção em seu poder de olhar,
…Sã.

Insana mãe protetora que arrisca
A vida de amor de mortal ciúme… defende..
Segurança de garras de limites, garras há…
Vã a vida seria sem suas crias,
…vã.


Feminina, felina, cativas cativeiras
O filo… o cume…
Tu, masculino que é meio sem tato
Será pequeno, será só um pequeno gato


Agarram-te garras de fêmeas no cio
Arrasta-se, rasteja para unhas mil
Mil garras suas são um nada vazio

Seu coro em femininas garras de mãe
Feras no cio derrubam e devoram-te
E o que caça nem enche barrigas de filhos
Nem para vão dos dentes serve paterno.


Ela voraz mata rápido nem sente
Porque é uma lebre pequena ligeira
Garras de lebre são de cavar buraco
Ela comerá seu coração de roedor


Mais parecerá um pobre rato
E sua carcaça será para o filho
Fome felina, feminina felina se cria


Serviria para tira gosto num cômico ato
De mastigação breve, refeição das leves
Come sem força nem euforia, alivia azia.


O ferido felino olhar de fera materna
Observa a cria que cresce… e estabelece
Sangrias correndo em corações, eternas.


Se vai…
A cria se vai…
O cio vem forte…
Um macho… um norte…
Olhar felino se fecha… o feminino morde…
E tudo é uma sede… de sangue e de morte…
A fera caça costelas com carne… e sorte…


Cristian Steiner Molina
Março de 2012

Feito para o Vidráguas

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