As coisas que realmente importam são frágeis e fáceis de quebrar, quase imperceptíveis quando se possui e tremendamente notáveis quando faltam. É o sentir-se indigno de tudo por um erro que torna esse erro fatal. Esse é o fatalista. O fatalismo é a maior miséria do homem. Quando a sombra toma conta do ser e nos vemos mórbidos e frios... Quando vem um fim nos assombrar, percebemos que é só o fim de um começo, a vida ainda corre forte e isso não nos deixa nem um pouco felizes. Todo homem tem a sua sombra. Quantas mortes cabe numa vida? Quantos erros fatais cabe numa vida? E quantas mortes de si mesmo se pode suportar? E tentamos nos confortar... um erro muitas vezes nos mata. E quantas vezes será preciso morrer para encontrar uma saída? É... erramos... outra vez. Um morrer de erros perpetuados é um erro, não apenas mais um erro. Morrer é um erro. Um erro pode ser apenas um erro. E alguns erros são fatais... ou soremos nós os fatalistas? E quando não é a vida, somos nós próprios que nos passamos uma rasteira. Todas as oportunidades que nos foram dadas, fizemos pouco caso como o pouco caso que fizemos da nossa existência. O que fazer nesse mundo agora, se nunca demos valor a nada e jogamos sempre tudo fora? E o silêncio significa o nosso instante. Mas cometer o mesmo erro mil vezes não anula a possibilidade de acertar na milésima primeira. Aumenta! Tentemos outra vez! A vida arrebenta a gente muitas vezes. Sejamos fortes! E quando se perdeu a conta das mancadas, suprimimo-nos a um eu ensimesmado e vestimos um rótulo de nada. Minguamos. Levantemos as nossas cabeças! Não cansemo-nos de nós mesmos! E como dizia a sábia canção: "não pense que a cabeça aguenta se você parar". Então, não paremos!
Cristian Steiner Molina
"Nada mais vai me ferir. É que eu já me acostumei com a estrada errada que eu segui..."
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