Era uma vez um carinha qualquer
Um qualquer um.
Um qualquer funcionariozinho público
Mergulhado numa rotina decorada,
Com um saláriozinho estável,
Na prefeiturazinha da cidadezinha de nada,
No interior de um estado qualquer
Do país de ninguém.
No mundinho disponível mai fácil.
Era uma vez um carinha.
Era uma vez um estudantezinho de um faculdadezinha qualquer...
Na qual se formaria mais um profissionalzinho sem futuro,
Um carinha que não tinha sonhos,
Que muito de vez em quando,
Fazia uma coisinha um pouquinho diferente,
Pesando nas oportunidadezinhas que perdeu,
E lamentando-se.
Então a rotinazinha gritava para que voltasse.
E até criava uma rotinazinha qualquer pra esquecer aquela vidinha medíocre.
Era um carinha que escrevia coisas sem sentido
Só pra matar aquele tempinho chato,
Pra não pensar muito no seu mundinho mais fácil,
Que queria que todos soubessem da sua vidinha sem sentido.
Um carinha que fazia o mundo sofrer por sua pequenez.
E ele tinha um sadismozinho orgástico com esse poderzinho.
Como o cavaleiro da triste figura, também fazia o mundinho rir
Quando acreditava ser um alguenzinho.
Era uma vez um carinha.
Um carinha que acalmava o mundo
Com sua fidelidadezinha ao conformismo inconformado mudo,
Amorzinho doentio por aquela vidinha,
Era uma vez um carinha.
Cristian Steiner Molina
Era uma vez um carinha
ResponderExcluirQue fazia uma mocinha
Feliz com seus poemas
Poemas desconexos
Poemas de amor
Poemas de amizade
Poemas...
Era uma vez um carinha
Com uma rotina
Era uma vez uma moça
E um beija flor
Beijos Cris.