quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Minhas amarras...

Nas coisas que mais desejo
Me saboto,
em teias de aranha
e mata fechada
que me perco

cipós me impedem de ir adiante
me arranho por inteiro
num luta com galhos espinhosos
e cortantes...

Atolo na areia movediça,
quanto mais me mexo,
mais me estaguino e me planto
nesse mesmo lugar...

me enrosco...
me machuco...
me morro nesse suor que me arde o corpo inteiro...
que me arde os arranhões vermelhos
que me arde...
que me arde...

a qualidade covarde refletida no espelho...
me rasga a vida depositada numa tarde...
...que deixei de ver você.

Cristian Steiner Molina

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