quarta-feira, 29 de junho de 2011

Felicidade, onde está?

Justamente ao lado da dor do mundo,
e muitas vezes sobre seu solo ardente,
o ser humano organizou para si
pequenos jardins de felicidade. 


Quer se observe a vida
com olhos de quem busca
na existência apenas conhecimento,
ou de quem se rende e se conforma,
ou de quem se alegra
com a superação da dificuldade,
em todo lugar se encontrará
um pouco de felicidade
nascida ao lado da desventrura,
ou seja,
encontra-se mais felicidade quando mais ardente é o solo.

Apenas seria ridículo dizer que com essa felicidade
os sofrimentos também pode ser justificados.

(F. Nietzsche)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Chocolate Quente



Ele acalmará esse corpo trêmulo e febril,
Acabará com essa ausência tão presente.
Ela virá com seu ardor num dia frio,
Aquecerá seus pés e mãos suavemente.

Ela o fará sorrir, ela o fará contente,
Com um filmezinho assim tão inocente,
Com direito a pipoca e chocolate quente.

Ele irá cobri-la com carícias envolventes,
Com seu corpo e cobertores carinhosamente,
Com direito a beijos e cochichos indecentes.

Ela irá sorrir com toda beleza a sua frente,
Ele irá sorrir olhando-a tão sugestivamente,
Os dois irão sentir um ao outro, intensamente.

Cristian Steiner

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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Junho


E junho se foi...
Foi bater pernas... 
Os dias eram lentos...
As horas eternas...

O todo voou 
Como o que pensei... há pouco.. há instantes...
Um adeus ecoou
Baixinho... Nem notei... Dissolveu-se o antes... 

Nem me lembro...
Também só passei.
Logo é dezembro.
Porquê eu não sei.

Cristian Steiner

domingo, 26 de junho de 2011

ROSAS, ABRAÇOS E BEIJOS


Riso gostoso na foto que vejo
Olá querida, tudo bem? Como está?
Está bem então tá... vamos lá...
e assim aproveito o ensejo

Pra dizer que você...

... falta

Pra dizer que Sinto...
...saudades das nossas conversas
...que falando contigo sinto...
...desejos.
...e que adoro quando aqui...
... te vejo.

Pra dizer que admiro você que é pura elegância,
...e que a simplicidade a deixa mais bela.

Pra dizer que é amor
...que você é musa de muitos errantes
...que da sentido à toda poesia.
...e que guarda o cheiro da amizade mais pura.

Pra dizer que alucino em sua candura delicada , 
acolhedora, doce, suave e leve.
Mando-te sempre uma rosa,  
abraços e beijos.
Mando-te o meu coração
Que você sempre cuida bem.
Mando-te risos ao ler seu humor...

Seus óculos, seus livros na esteira... 
Economia chinesa.
Que me é estranho mesmo,
engraçado e muito instigante.
luz, simpatia, Beleza
Janeiro de emoção
Seja você.
Sempre.
Seja CORAÇÃO.


Cristian Steiner






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sábado, 25 de junho de 2011

Não sei ...

caminhos
“A vida não tem sentido algum. Mas não lhe é proibido dar um.”

Algo precisa sair.
Algo que não sei.
Obstrui a garganta.
Não sai.
Não sei.

Mil pensamentos sem foco
Confusão mental,
Metrópole de pensamentos.

Poesia sem métrica.
Métrica sem sentido.
Fenômeno mental sem rima.

Sem rima são os pensamentos
Incongruentes e Orgulhosos
Que se cruzam sem se olhar
Individualistas E egocêntricos.

Pensamentos têm pressa
Pouquíssimo tempo.
Pouca paciência pra trocar.
Não podem parar.

Na confusão dos pensamentos
Nos desenbotados sentimentos

Uma explosão de expressão.
Criando sua própria rima,
sua própria métrica,
seu próprio sentido.

Cristian Steiner

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Amor Dialético

O amor...
Ah... O amor...
Muita gente explica.
Ninguém entende. Sente.
Tudo é sexual! Freud complica.
Amor é tudo ou nada.
Enche-nos o espírito ou nos prepara uma cilada,
E nos deixa, muitas vezes, um vazio e uma grande dor

Alguns dizem que é um calor,
Que não tem pudor,
Outros que é de uma cor
Que tem que ter humor
Que precisa de flor
Outros que não
Que amor é sem cor e sem sabor.
Amor rima com vigor...
Mas tem muitas coisas que não rimam
E que com ele também combinam...
Amor é ódio, distúrbio mental avassalador
E é a sanidade também.
É a doença, é ruptura
É a cura, é candura
Veneno e antídoto, meu bem.
Por amor vou viver
Por amor vou morrer
O amor tem bem e mal
Amor de verão, inverno
Primavera, outono e carnaval
Do ruim e do bom... Do banal.

Mas também...
Tem os que te fazem ‘chover por dentro’
De instantes, dos mágicos, com prazer, sem razão.
Refrescando a alma e te fechando os olhos
Amor violento, tempestade, tornado e furacão.
Que te dá choques, calafrios e arrepios pelo corpo inteiro.
Amor que assusta e bate forte o coração.
Que te faz vibrar num dia corriqueiro
E acalma tua alma inquieta.

Janeiro/2011
Cristian Steiner

Publicado em 29/01/2011 no blog 'Deslizes Poéticos'

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O plano que não estava nos planos

"Almas que se encontram em outro plano"

Enquanto planejamos,
Sonhamos,
Não pensamos
Planejar, como é bom!
Quem não gosta de sonhar?

Planos são sonhos.
Sonhamos alto nos planos.
Se for pra sonhar,
Que sonhemos com todo impossível..
éh...

E teremos o plano A,
O plano B, C, D e Etc..
E se nada der certo,
Ficamos com o plano Z...
Que é o plano que não estava nos planos,
Resultado de toda essa confusão.

Pelos caminhos que escolhemos pisar,
Encontra-se sempre, 
Pelo simples movimentar-se,
Algo surpreendente.


Cristian S. Molina



domingo, 19 de junho de 2011

Corrente - Chico Buarque



Cotidiano



Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.

Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.

Todo dia eu só penso em poder parar;
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.

Seis da tarde, como era de se esperar,
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.

Toda noite ela diz pr'eu não me afastar;
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.

Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.

Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.

Todo dia eu só penso em poder parar;
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.

Seis da tarde, como era de se esperar,
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.

Toda noite ela diz pr'eu não me afastar;
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.

Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.

Cotidiano
Chico Buarque

sábado, 18 de junho de 2011

Hospital [Parte III]

O velhinho de uma narina só e a cara afundada, provavelmente, devido a um câncer tipo aqueles que deu no Freud, ficava de cabeça baixa. Era horrível ficar olhando aquilo.
Depois de muito tempo ali sentado, esperando lendo e ouvindo as reclamações dos que ali também esperavam, alguém grita meu nome da sala 6, vou entrando na sala quando também entra uma enfermeira trazendo para o dr. M. um monte de papel para ele preencher e assinar. Paro no meio da sala e entro em conflito. Não sei se continuo ou se volto e saio da sala esperando a enfermeira terminar o assunto com o dr. decido continuar e sento na cadeira em frente a mesa de atendimento enquanto aquele atende as solicitações da enfermeira e quando esta sai, entra outra e como se eu não existisse toma o dr. para ela por mais uns seis a dez minutos.. chegam até a discutir um caso decidindo que o fulano deveria tomar 30 gotas de não sei  o que e ela diz que não tinha não sei o que em gotas e ele manda que seja dado comprimidos... e, enfim ela vai embora e o dr. olha pra mim e diz - bom, agora é sua vez...
Se eu não desse uma ênfase na dor no peito, nem raio-x teria feito. Acontece que ele foi tão apressado com a consulta que me esqueci de relatar as dores de garganta, de cabeça e as dores pelo corpo. Comecei a falar do nariz congestionado e da tosse! Enfatizei a dor no peito e ele mandou-me pro raio-x.
Ao sair do raio-x dei sorte de encontrar o dr. saindo da sala e ele me chama pra entrar, olha a chapa e diz: É... é uma gripe forte. Mas não precisa se preocupar, não é pneumonia.
Dr.,,... então estou dispensado?
Ele responde que sim. Eu lhe peço um atestado.
Ele se esquiva e diz que naquele hospital não se fornece atestado e chama o próximo paciente - certeza que eles fornecem atestado de óbito.
Saí de lá com uma receita de xarope pra tosse e um pouco de analgésico no corpo da injeção que tomei ali mesmo. E continuei acordando ensopado de suor e todos os antigos sintomas por mais dois dias, até que resolvi ir por conta própria na farmácia e tomar uma bezetacil. Aprendi que se você depende dos sistema público, é melhor ser seu próprio médico. Vai tomar o chazinho da vovó ou arrisque a receita do Dr. informal farmacêutico, mas nunca vá a um hospital público.

[Fim. Encerrado por medo de um colapso nervoso]

Mundo mudo




Entre quatro-paredes não esteve só
Tem Histórias pra contar, segredos, tudo.
Entrelaçou as redes de desejos, deu nó
Esteve ao lado dos corpos desnudos.

Sabe que um dia tudo será pó
Até lá muito se mostrará, contudo.
Vai conservando esse seu paletó
Mantendo impecável seu sobretudo

Toque uma vida numa canção em dó
Sob arpejos gregorianos agudos
Realizando sonhos num efeito dominó

Vá, jogue fora seus escudos.
Carrancudo mundo mudo, não muda.
Você muda, eu mudo.

Concluído em 18/06/2011
Cristian Steiner Molina

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Dias de Criado Mudo

Certas horas intrigantes eu penso,
Como se fosse um criado mudo,
Em devaneio desprovido de bom senso,
Que é que faço da vida no mundo?

terça-feira, 14 de junho de 2011

Hospital [Parte II]

Em quinze ou vinte minutos chego no terminal rodoviário. O ônibus para o hospital acabara de sair e fico lá mais uns vinte minutos esperando o próximo. Na avenida em frente o terminal, um carro de som anuncia que às 18:00 horas haverá uma manifestação ali mesmo, ao lado do terminal, em protesto ao aumento abusivo da passagem e apontando o prefeito da cidade de ter aprovado tal aumento sem o consenso da população - deduzi que sem o consenso de seus representantes: os vereadores. -  O ônibus chega e embarco para o hospital. Dentro do ônibus, pernas engessadas e as velhinhas tossindo sem parar procurando um lugar para sentar, só encontrando quando o cobrador irritado chama a atenção dos passageiros que fingiam não ver a situação.
Chegando no ponto do hospital, ainda tenho que enfrentar uma enorme escadaria até chegar a recepção. Não contei os degraus, mas provavelmente, existem algumas boas dezenas. Vou procurar água pra beber e lá dentro, existe um único bebedouro que não funciona direito e não dá pra matar a sede. Todos os problemas que observo tem soluções práticas e rápidas e não são solucionadas, por isso acredito que todo esse sistema é planejado para ser aversivo e cheio de obstáculos, fazendo o cidadão pensar mil vezes antes de sair para utilizar um serviço público - parece teoria da conspiração, não?
Após passar pela recepção sou orientado a aguardar que me chamem. Sento na cadeira de espera e inicio minha leitura do livro que trouxe.  E me sinto um estranho por ser o único a estar lendo um livro dentro do hospital. As pessoas que usam esses serviços não tem esse hábito. Então começo a pensar sobre isso e não consigo me concentrar na leitura. Fico pensando se deveria estar expondo a minha dor e a minha revolta com tudo aquilo, como alguns ali faziam, cochichavam reclamações do serviço e a demora no atendimento. Um cara do meu lado parece muito curioso em saber o que estou lendo, o que também me incomoda. "Será que ele leu essa parte e fez algum julgamento?" O livro é de psicanálise e uma linha sozinha pode ficar muito mal interpretada.
A enfermeira me chama para uma triagem. Ela mede minha pressão arterial e a temperatura, diz que está tudo certo e encaminha-me para o médico. Nisso, o relógio já marca 15:30, mais ou menos. E quando penso que finalmente estarei frente a um Dr., uma nova  sala de espera para passar com o médico.

[continua]

Oração - A Banda Mais Bonita da Cidade

Meu amor essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa
Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois
Composição : Leo Fressato

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Hospital [Parte I]


Depois de passar o sábado e domingo deitado na cama com febre, calafrios e uma tosse horrível que me dava a sensação de estar expelindo todos os meus órgãos pela boca, já triturados e em decomposição - o que mais me amedrontava antes de tossir era o latejar da cabeça que aumentava  conforme a intensidade da tosse e em certo momento só de pensar em tossir já sentia as agulhadas na cabeça. Éh... Condicionou. Depois de tudo isso, e um recusar constante em ir ao médico - não por medo de injeção, mas pela espera, descaso, aglomeração e todas essas características de hospital público - resolvi, na segunda-feira que iria ao médico pela duração dos sintomas - e também por que não tive disposição para levantar cedo e ir trabalhar e precisaria de um atestado.


Os problemas de se ir ao hospital aqui em minha cidade, no interior de São Paulo, já começam ao sair de casa, e isso não se deve a um mau planejamento na logística da coisa, eu acredito que a logística foi bem planejada, no sentido de dificultar o acesso da população aos serviços públicos e isto é favorável pra eles porque os serviços poderiam estar bem mais superlotados se o acesso fosse facilitado. Aqui, é necessário duas conduções para se locomover por uma distância de aproximadamente 5 km. Uma do meu bairro até o terminal central e outra até o hospital. São os 5 km mais demorados, e também mais caros da região, R$ 2,90 pra ir e R$ 2,90 pra voltar. É isso mesmo, para sair de casa nessa cidade você tem que ter R$ 5,80 na carteira. E se tiver doente em casa, ambulâncias estão sempre ocupadas. Bom, ainda bem que minha mãe tinha um dinheiro, senão eu poderia estar morto agora. Então, depois de adiar e adiar, resolvi que iria ao médico depois do almoço e enquanto almoçava, pensava no sofrimento que é ficar lá aguardando os incontáveis encaminhamentos - você chega e é atendido na recepção, depois é encaminhado para uma enfermeira que depois te encaminha para um médico e ele te encaminha para o raio-x e depois você volta com o médico que te manda pra recepção que diz que o médico te encaminhou para a sala de medicação onde você toma um monte injeção e é liberado meio que quase expulso do hospital parecendo ser você o motivo de todos os problemas do país e tudo isso demora um meio dia bem demorado - peguei um livro bem grosso pra ler na espera lá no hospital e então, lá pelas 13:00 horas, embarquei no "latão" e sai.
Pego a nota de vinte reais que minha mãe me deu e passo para o motorista - que também é cobrador - fico paranoico de medo de um acidente enquanto ele faz as curvas das ladeiras do bairro ao mesmo tempo que conta o meu troco todo em moedas.

[continua...]

domingo, 12 de junho de 2011

Ciclos

Até o sofrimento fica sem sentido
Ao fundir-se a esse ciclo rotineiro

Que eu não me anule na rotina que me impõem.
Que eu não tenha medo nem vergonha de fazer
E morra com a certeza que vivi intensamente.
Sacie essa ânsia desgovernada de querer.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Aquela Coisa

Meu sofrimento
é fruto do que me ensinaram a ser
Sendo obrigado
a fazer tudo mesmo sem querer

Quando o passado morreu e você não enterrou
O sofrimento do vazio e da dor
Ficam ciúmes, preconceitos de amor
E então, e então

Mas é preciso você tentar
Talvez alguma coisa muito nova possa lhe acontecer

Minha cabeça
só pensa aquilo que ela aprendeu
Por isso mesmo,
eu não confio nela eu sou mais eu
Sim...
pra ser feliz e olhar as coisas como elas são
Sem permitir da gente uma falsa conclusão
Seguir somente a voz do seu coração
E então, e então

E aquela coisa que eu sempre tanto procurei
É o verdadeiro sentido da vida
Abandonar o que aprendi parar de sofrer
Viver é ser feliz e nada mais

Mas é preciso você tentar
Talvez alguma coisa muito nova possa lhe acontecer


Título: Aquela Coisa
Compositor: Raul Seixas
Album:   O Carimbador Maluco

segunda-feira, 6 de junho de 2011

GRATIDÃO


Um dia, ouvi – ou li num livro –
que a ingratidão é o pior defeito
que um sujeito pode ter.
E não recebi isso sem um incomodo
embrulho no estomago.

Nunca fui muito bom em agradecer e,
talvez, isso seja o motivo
de um imenso “orgulho besta”
de preferir sofrer calado
e de deixar-me sentir só nas horas negras
a dar o braço a torcer.

Percebo que o homem,
como a muito tenho ouvido,
mas bloqueado,
é um ser social
e que a ingratidão separa,
a solidão adoece
e o orgulho mata,
é suicídio.

Amigos,
Obrigado por existirem.

04 de junho de 2011
Cristian Steiner Molina

sábado, 4 de junho de 2011