Medo...

pressa..promessas...
me arrisco e paro.
Eu paro.
Por cima do muro eu fico
Eu grito...
Replico...
e depois...
Suplico.
e admito...
Eu tenho medo.
Medo de tudo que prende.
Medo de tudo que falo.
Me calo...
Reparo...
Tem horas que viro um cavalo.
Bruto...
Que deixa a dor de um luto.

Tudo se torna moral.
Espanto...
Planto semente de pranto.
Paixão...
Será mesmo tudo em vão?
Amor...
Queimou de tanto calor.
Que cansou de tanta dor.
Quantificou e perdeu o valor.
Azedou, secou, findou, ficou sem sabor.
Esquentou, ferveu e virou vapor.
E o que restou, o estigma do traidor...
A sina de pecador...
O rótulo de impostor...
O que sobrou foi pavor.
Horror
Não sobrou nem leitor...
Escritor...
Desertou
Aumentando o teor depressor
Todo esse amor...
Decompor
Nutrindo outro amor...
Outra cor,
Outro sabor, calor...
Frescor...
Outra dor.
Cristian Steiner
Puxa, que construção bonita, que riqueza de rimas.
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